Perigosas nuvens baixas cercam o estuário do rio Potengi. Algumas se esgarçam em linhas vagas e solúveis sobre a península de Natal, a mais oriental do Brasil, que fica exatamente na direção de Dacar. Ao norte da cidade, os ventos do Atlântico nutrem as dunas gigantes de Genipabu. Ao sul, praias e recifes se alteram sem fim.
A favor de um vento benevolente pela proa, depois de 2 horas e 5 minutos de vôo, o Catalina acaba de cumprir a última parcela do oceano com desenvoltura. Patrick Baudry, mal desembarcou, não espera o próximo briefing. Desta escala, tão desejada pelos pioneiros da Ligne que haviam triunfado sobre o Atlântico, alguns lugares místicos que ainda subsistem.
Ele observa as ruas da cidade, em busca de imagens nostálgicas. Com a glória nascente da aviação transatlântica e os heróis que chegavam a esta cidade adormecida, o nome de Natal encontrou um certo eco entre as multidões da Europa.
Continua...
Natal, Teça-Feira, 20 de Outubro
domingo, 29 de março de 2009
Postado por Hotsea às 15:28
Marcadores: História Brasileira, PBY Catalina
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