Dicta Hartmann

quarta-feira, 30 de setembro de 2009



Erich "Bubi" Hartmann, ás, top de pontuação com 352 abates confirmados na WW2, tinha uma fórmula simples: Veja - Decida - Ataque - Cafézinho.


1. Veja. Você tem que ver primeiro a sua presa. 90% de todos kills são feitos contra pilotos que nunca viram o inimigo.


2. Decida. É seguro atacar? Você pode seguir afastado dele ou há outros fatores que presume-se cuidado? Você pode atacar á partir da sua posição atual ou você deve manobrar antes?


3. Ataque. Faça-o rápido e impiedoso. Voe perto de sua vítima, em dead-astern ou ligeiramente abaixo, se possível, e dispare apenas quando tiver certeza do kill imediato. Isto significa chegar a distância mínima - sua mira deve estar cheia com o avião inimigo.


4. Cafézinho. Se você não pode atacar com segurança, sem o inimigo tomar medidas drásticas para escapar de você, faça uma pausa para o café. Ou, desengaje-o e procure uma presa mais fácil. Se atacar, faça-o em uma única passagem e imediatamente desengaje, voando á uma altitude segura ou uma área segura para recuperar a sua consciência situacional.

Erich Hartmann

Fighter Ace 10th Anniversary Edition

domingo, 27 de setembro de 2009


Seja bem-vindo ao mundo de Fighter Ace, um jogo 3D multi-player massivo que permite combates aéreos entre uma comunidade com milhares de jogadores. Seja levado á cockpits de 107 aviões entre caças e bombardeiros da Segunda Guerra Mundial controlados pelos pilotos virtuais.

Assista e viva as mais impressionantes batalhas entre aliados e eixo, voando pela Alemanha, Japão, Inglaterra, Rússia ou Estados Unidos. Com terrenos detalhados, incluindo locais das principais batalhas.


O jogo também pode ser jogado offline, com 11 missões de treino, 5 arenas teste e 3 arenas com diferentes níveis físicos.

Você enfrentará variados confrontos, de combates aéreos a lutas mais intensas, envolvendo tanques de guerra e porta-aviões. Além disso, você poderá fazer parte de um esquadrão de guerra, ao invés de enfrentar os inimigos sozinho.



Para jogá-lo, o usuário tem que pagar uma assinatura mensal de US$ 9,95 ou US$ 49,95 por seis meses.

Site: Fighter Ace

* Segue a mesma lógica do Warbirds e o Aces High. Paga-se para usar, e não para ter o game.

Manual dos Kamikazes

sexta-feira, 25 de setembro de 2009


Kamikaze: trechos do manual.

A missão das unidades

Transcender vida e morte. Quando você eliminar todos os pensamentos sobre a vida e a morte, você será capaz de desapegar-se totalmente de sua vida terrena.

Isso também o ajudará a concentrar sua atenção em erradicar o inimigo com determinação inabalável, enquanto reforça sua excelência nas qualidades de voo.

Exerça o melhor de si. Ataque a embarcação inimiga que estiver ancorada ou navegando. Afunde o inimigo e pavimente o caminho para a vitória do nosso povo.


Faça uma caminhada pelo aeródromo


Quando fizer essa caminhada, tome ciência do que o cerca. A pista é a chave para o sucesso ou falha de sua missão. Devote toda a sua atenção a ela.

Olhe para o terreno. Quais são as características do solo? Qual é o comprimento e a largura da pista? No caso de você decolar de uma estrada ou campo, qual é a direção correta do seu voo? Em que ponto você decide decolar?

No caso de decolar ao entardecer, ou ao amanhecer, ou após o pôr-do-sol, que tipos de obstáculos devem ser lembrados – um poste elétrico, uma árvore, uma casa, uma colina?



Onde chocar-se (os pontos vulneráveis do inimigo)



Quando estiver mergulhando ou chocando-se contra o navio, mire um ponto entre a ponte de comando e as chaminés.


Entrar nas chaminés também é eficiente.

Evite atingir a ponte de comando ou uma torre de tiro. No caso de um porta-aviões, mire nos elevadores. Se isso for difícil, atinja o convés de voo perto da popa. Em um ataque horizontal à baixa altitude, mire no centro do navio, um pouco acima da linha d’água. Se isso for difícil, em caso de um porta-aviões, mire na entrada do hangar das aeronaves, ou na base das chaminés. Para outras embarcações, mire perto da sala dos motores.


Logo antes do choque

Sua velocidade está no máximo. O avião tende a subir. Mas você pode prevenir isso empurrando o controle do profundor para frente o suficiente para permitir o aumento de velocidade. Faça seu melhor. Vá em frente com todo o seu poder. Você viveu por 20 anos ou mais. Você deve exercer toda a extensão do seu poder pela última vez na sua vida. Exerça força sobrenatural.


No momento do impacto

Faça seu melhor. Toda divindade e os espíritos de seus camaradas mortos estão olhando você com atenção. Logo antes da colisão é essencial que você não feche seus olhos nem por um momento, para não errar o alvo. Muitos se chocaram com seus alvos com olhos plenamente abertos. Eles lhe dirão o quão divertido foi.


Você está a 30 metros do alvo


Você sente que sua velocidade aumentou repentina e abruptamente. Você sente que a velocidade aumentou milhares de vezes.

Parece uma panorâmica em um filme, tornando-se um close, e a cena expande-se na sua frente.


No momento do choque

Você está a dois ou três metros do alvo. Você pode ver claramente os brilhos das armas inimigas. Você sente que, de repente, está flutuando no ar. Naquele momento, você vê a face da sua mãe. Ela não está sorrindo nem chorando. É a face normal dela.


Pontos a lembrar quando estiver fazendo seu último mergulho


Chocar-se diretamente contra um alvo não é fácil. Causa grande dano ao inimigo. Portanto, o inimigo irá utilizar todos os meios para evitar sua colisão.

De repente você se sente confuso. Mas mantenha a inquebrantável convicção até o último momento, de que irá afundar o navio inimigo.

Lembre-se quando estiver mergulhando de gritar a plenos pulmões: “Hissatsu!” [“Afundar sem falhar!”] Naquele momento, todas as flores de cerejeira do Santuário Yasukuni em Tóquio irão sorrir brilhantemente para você.



Fontes:
The Guardian, 7 de setembro de 2009.
Blog Sala de Guerra.

França invadiu a Alemanha em 1939 (3)

quarta-feira, 23 de setembro de 2009



A ameaça de uma agressiva ofensiva Francesa atormentava o comandante do Primeiro Exército diariamente. Witzleben, que tinha de fato se retirado do serviço alguns anos antes, quase não servia para um comando de campo. O general constantemente encontrava em si mesmo uma tarefa não inspirada, e a guarnição do Saar não era uma exceção. A defesa de Witzleben foi dificultada por uma carência de armas anti-tanques e artilharia e a realidade é que suas divisões de infantaria eram de baixa qualidade e equipadas com metralhadoras da I Guerra mundial. Os adversários de Witzleben eram 10 divisões Francesas completamente equipadas ancoradas nas formidáveis defesas da linha Maginot.

Criada por André Maginot, um veterano de guerra e ministro Francês da guerra até sua morte em 1932, a linha Maginot foi a mais elaborada e cara seqüência de fortificações já construídas. Os Franceses tinham estudado a viabilidade de uma barreira defensiva permanente enfrentando a Alemanha depois do fim da I Guerra Mundial, usando as fortalezas de Verdun como modelos. O primeiro pagamento do projeto de $500 milhões foi aprovado pelo parlamento em 1929, e os trabalhos começaram em 1930.

A construção da linha fortificada não foi somente um resultado da intranqüilidade que no pós I Guerra Mundial os Franceses sentiam de seus vizinhos orientais. Em 1928, a Alemanha e seus impotentes 100,000 homens do exército do tempo de paz, o Reichswehr, posava de pequena ameaça para a França; nem poderiam os Alemães forçar os exércitos Franceses, Britânicos e americanos para fora da ocupada Renânia. Os assuntos domésticos Franceses também incitaram a militarização da região. Em 1928, as províncias Francesas da Alascia-Lorena... que tinham sido perdidas para a Alemanha no tratado de paz que encerrou em 1870 a Guerra Franco-Prussiana e tinha sido recuperada pela França através do Tratado de Versalhes, que encerrou a I Guerra Mundial... agora solicitavam se tornar regiões autônomas. A opinião destas províncias ricas em recursos... tão recentemente ganhas à um custo inacreditável... deixando a França novamente era intolerável. Maginot dirigiu a construção da linha como uma lembrança permanente às áreas submissas. Entretanto, a maioria propôs que a linha ocupasse uma região da França habitada por aproximadamente um milhão de Alascianos de língua Alemã.

A linha Maginot complementou as fortificações existentes defronte a Alemanha e foi particularmente mais forte no corredor de Saarbrücken-Metz, a rota mais direta para Paris. Na Alascia-Lorena a linha Maginot levou 10 anos para ser construída a um custo de $323 milhões. As principais fortificações foram completadas em 1935, e 300,000 soldados a guarneciam.

Como a maioria das contingências defensivas, a mentalidade de Maginot se enfocou numa barreira concreta como uma manta de segurança. Muito da potência de fogo, porém, foi negada já que as operações na Alemanha colocaram os alvos fora do alcance efetivo da artilharia pesada. Para ser de algum uso, as armas da Maginot teriam de ser avançadas.



Com as experiências da I Guerra Mundial como a sangrenta defesa de Verdun frescas em suas mentes, a França estava relutante em desocupar as fortificações em favor dos apressados ataques contra a Linha Siegfried Alemã.

A construção da Muralha Ocidental, ou Linha Siegfried como era popularmente chamada pelos Aliados, começou em 1936 seguindo na incontestável ocupação militar Alemã da Renânia. Fortes e casamatas estendiam-se da fronteira Suíça aos Países Baixos. As fortificações mais pesadas foram construídas ao redor de Saarbrücken, onde alguns postos avançados da Francesa Maginot assentavam somente a 100 metros da fronteira Alemã. Como centro de defesa, a cidade industrial de Saarbrücken era militarmente significante porque era uma porta para a Brecha de Kaiserslautern, um rota de invasão tradicional.


Continua...

Dicta Boelcke

sábado, 19 de setembro de 2009



A Dicta Boelcke consiste nas seguintes 8 regras:

1. Garantir vantagem antes de atacar. Se possível, mantenha o sol atrás de você:


«Vantagens» para os aviões da Primeira Guerra Mundial incluía-se velocidade, altitude, surpresa, desempenho e superioridade numérica.

Velocidade - o piloto com a aeronave mais rápida, tem controle sobre o combate. Ele tem a opção de interromper combate e se distanciar. O caça mais lento, não pode perseguí-lo. O piloto de um caça mais lento deve ficar na defesa. Ele não pode correr para obter segurança. Um avião rápido pode elaborar manobras, dando ao piloto muitas opções. Um caça lento pode fazer pouco além de chafurdar mais ou menos em linha reta. Os motores das aeronaves disponíveis em 1914 e 1915 tinham apenas potência o suficiente para manter as máquinas no ar a 150 km / h, e nada mais. Á partir do nível de vôo, subir a uma altitude superior levava alguns minutos e a velocidade era quase cortada pela metade. Já, no mergulho, por outro lado, acrescentava-a novamente, chegando a velocidade máxima do avião. Em 1916, a potência do motor e a velocidade aumentaram. Até o final da guerra, as aeronaves estavam operando regularmente a velocidades acima de 200 km / h (124 mph).

Altitude - Voando acima de seu adversário, o piloto tinha mais controle sobre como e onde a luta aconteceria. Ele pode mergulhar em cima de seu adversário, ganhando uma vantagem considerável em velocidade para B&Z. Ou, se o inimigo estivesse em vantagem numérica, por exemplo, um piloto poderia escapar após atacar a formação. Em média, os aviões da Primeira Guerra Mundial subiam lentamente. Estar a uma altitude maior não é problema, pois 'armazena energia potencial' para ser utilizada a fugir caprichosamente.

Surpresa - dar o primeiro tiro antes do oponente estar preparado para voltar contra você é o «método mais seguro e preferencial para o ataque. A maioria das vitórias aéreas foram obtidas na primeira passagem. Sem todos os dispositivos como o radar, um piloto podia aproximar-se de seu inimigo furtivamente, com nuvens, neblina ou mesmo usando as próprias asas do avião inimigo ou cauda para esconder a sua abordagem. O brilho do sol, especialmente, é um esconderijo muito eficaz.

Performance - Sabendo os pontos fortes, fraquezas e potencialidades de sua própria aeronave, e de seu inimigo, também é crítico. Quem for mais rápido, quem poderia curvar mais apertado, quantos estavam lá, etc. Se ele não se sentisse "seguro", ele não iria atacar. Um dos alunos de Boelcke's, Manfred von Richthofen, aprendeu muito bem esta regra e tornou-se ás no início da guerra.



Um exemplo documentado de Boelcke "vantagem garantida" teve aplicação prática no dia 17 de setembro de 1916. Boelcke e seus pilotos interceptaram uma formação de bombardeiros e caças inimigo além das linhas. Ele optou por não atacar de imediato, mas manteve sua Jasta acima do bombardeio inimigo, mantendo-se entre os bombardeiros e o sol. Lá, eles esperaram circulando. Quando os pilotos dos bombardeiros, observadores e pilotos dos caças de escolta estavam preocupados com a destruição que eles estavam causando no chão, Boelcke sinalizou para seus pilotos o ataque. Vários aviões inimigos foram abatidos e a Jasta não perdeu nenhum.

2. Sempre continuar com o ataque que você começou:

Pilotos novatos estão afoitos por começar um dogfight, mas o instinto (medo) sempre os convence a romper e correr. Isso, inevitavelmente, dá de presente a cauda do avião ás armas de seu oponente, fazendo com que o novato torne-se uma vitória fácil para o inimigo. Boelcke aprendeu que era muito melhor ficar e continuar movendo-se - à espera de que seu adversário cometa erros ou fuja - do que brecar e correr. Como exemplo, quando Manfred von Richthofen encontrou o ás britânico Lanoe Hawker em novembro de 1916, cada um persistiu na tentativa de chegar na 6 do outro. Quando o combate os touxe para muito baixo, atrás das linhas alemãs, Hawker teve de escolher entre aterrisar; ser capturado ou fugir. Ele escolheu fugir. Richthofen foi então capaz de chegar á 6 dele e derrubá-lo.



3. Apenas atire a curta distância, e só quando o adversário estiver na sua mira:

Um desejo dos novatos, era atirar ao avistar seu primeiro inimigo.
Tiros em intervalos de 1000m (3280) tem poucas chances de acertar algo. Além do que, o ruído das metralhadoras alertarim o inimigo, dando-lhe tempo para reagir.

As metralhadoras disponíveis para as aeronaves durante a Grande Guerra não foram muito precisas em intervalos mais longos. Acrescente á isso a dificuldade de visada de uma aeronave em movimento, saltando em um lado para outro rapidamente. Boelcke preferiu chegar á 100m (330 pés) ou menos antes de disparar, a fim de acertar mais precisamente. Uma vez que se o barulho das armas for ouvido, a vantagem da surpresa acaba-se, por isso era melhor fazer com que o primeiro tiro fosse eficaz.

Outro aspecto era para economizar munição, foi a limitada munição transportada nos aviões da Primeira Guerra Mundial - geralmente apenas algumas centenas de balas. Isso quer dizer menos de 60 segundos de fogo ininterrupto. Recarregar no ar variou de perigoso para impossível. O desperdício de munição, na esperança de conseguir algo, eventualmente, não era uma opção. Tiros tinham de ser escolhidos com cuidado. No início da guerra, quando o senso de cavalheirismo ainda dominava, alguns homens permitiram que seus adversários se afastassem, se estivessem sem munições ou as armas tivessem emperrado. Já a guerra total não permitiria tais cortesias por muito tempo.




4. Você deve sempre tentar manter seus olhos sobre o seu adversário, e nunca deixe-se enganar por ele:


A primeira parte, "manter seu olho em seu adversário", soa bastante óbvio, mas é necessário ser frisado. No âmbito de um combate aéreo, era fácil perder de vista o seu adversário. A reafirmação desta regra pode ser: Nunca presuma onde seu adversário está ou estará. Se um piloto de 'perder' seu inimigo, a vantagem da supresa fora repassada ao inimigo. Um bom piloto não se deixar distrair por seu adversário. No que diz respeito, não era uma prática incomum dos pilotos em fingir ser atingido, entrando supostamente em um spin descontrolado ou mergulho, a fim de sair de um dogfight que já não estava indo bem. Esta prática era tratada como cavalheirismo entre oponentes. Continuar atacando um inimigo que abandonava a briga, era considerado atitude antidesportiva. Boelcke era reconhecido pelos seus inimigos por não deixá-los escapar, para que retornassem á lutar outro dia. Guerra pela sobrevivência nacional não era esporte. Ele contra argumentou a noção de que: uma vez que um inimigo foge do combate, poder-se-ia seguir em frente.
Se fosse um ardil, o piloto inimigo iria retirar-se no último momento querendo escapar ou retornar ao ataque mais tarde, talvez agora tendo ganhado a vantagem da surpresa. Boelcke queria que seus alunos seguissem o seu adversário até abaixo. Certificando-se de que estavam fora da luta, e retomaria o combate, se necessário.



5. Em qualquer tipo de ataque, é essencial atacar o seu adversário pela 6:

Para acertar um avião era necessário "líderar" o tiro - mirando à frente do alvo para compensar a sua velocidade. Enquanto alguns pilotos foram hábeis em cálculos mentais necessários, tornando-se assim bons atiradores, a maioria dos pilotos era muito menos adepto (inteligente).
A velocidade de um avião em movimento, a velocidade das balas, mais a velocidade e direcção de um alvo em movimento poderia ser muita coisa á considerar, no calor da batalha. Além disso, na perda de deflexão, o alvo poderia cruzar linha de tiro cujas balas eram 50 m (165)mais distantemente. Essa passagem lhe dá menor exposição aos tiros deflagrados.

Ataques HeadOn ou Head-to-tail (chegar pela 6), era necessário pouco ou nenhum cálculo. Atques HeadOn porém, geram uma direta exposição às armas do inimigo. Muito mais seguro e mais eficaz para ter-se um alvo em uma linha de tiro ampla. Isto exigia pouco ou nenhum 'cálculo', e expõem o objectivo há uma maior concentração de fogo.

Por causa da prevalência de ataques pela 6hrs, o design das aeronaves foram adaptadas para permitir o uso de canhões traseiros e criação de bombardeiros maiores.


6. Se o adversário mergulhou em você, não tente contornar o seu ataque, mas voe para enfrentá-lo:

Esta regra está relacionada com a regra # 5 acima. A reação instintiva de muitos novatos é dar a volta e fugir de um atacante se aproximando - em especial num mergulho. Isso simplesmente entrega a sua 6 ao atacante, normalmente com resultados desastrosos. Boelcke ensinou que um piloto têm que adquirir esse instinto. Voltando-se para enfrentar o ataque, poder-se-ia forçar o atacante á defensiva, ou pelo menos manter a situação instável, o que é muito melhor do que entregar "o seu rabo"(*).
Mesmo que subindo reduzisse a velocidade, era melhor trazê-lo ás suas armas do que fugir.

(*) achei melhor manter o padrão do texto heheheh

7. Sempre quando estiver além das linhas inimigas, nunca esquecer onde está sua fronteira:


Se um piloto optou por fugir de uma força superior, ou estava descendo com o avião danificado, é fundamental gastar o pouco tempo que lhe resta indo na direção certa. Esta regra soa como se fosse óbvia, mas Boelcke achou necessário incluir. Muitos pilotos caíram atrás das linhas inimigas porque ficaram confusos e perderam o caminho. Na Primeira Guerra Mundial, a navegação aérea era feita principalmente pela visão. Tomar notas regulares dos marcos, ajudam pilotos há obter suas rotas rapidamente,fazendo a diferença entre segurança e aprisionamento.



8.Dica para Esquadrões: Em princípio, é melhor atacar em grupos de quatro ou seis. Evitem duas aeronaves atacando o mesmo adversário:

No primeiro ano de combates aéreos da Primeira Guerra Mundial, praticamente um affair entre apenas 1x1 combatentes. Os primeiros áses, como Pegoud, Garros, Boelcke e Immelmann, caçavam pelos céus sozinhos. Mais tarde na guerra, contra o grande número de aviões no céu aumentando. Vários aviões de reconhecimento começaram á voar juntos para a proteção mútua, ainda protegidos por caças de escolta. Boelcke reconheceu que os dias de caçador solitário haviam terminado(*). Muitos novatos, no entanto, ainda sonham com a expectativa de entrar em batalhas sozinho como um cavaleiro andante (**), apenas para ser rapidamente abatido por vários inimigos. Boelcke lecionou incansavelmente seus alunos sobre a necessidade de trabalho em equipe - às vezes repreendendo-os para atuarem também de forma independente. Atacando em grupo permite-se que o líder concentre sua atenção exclusivamente sobre o alvo, enquanto a sua 6 é protegida pelos alas.

Batalhas aéreas mais tarde na guerra poderiam envolver dezenas de aeronaves de cada lado, ao mesmo tempo. O céu poderia tornar-se um emaranhado de aviões. Quando o 'seu' lado estava em desvantagem numérica, era especialmente importante atacar duplamente um adversário. O fogo concentrado foi de valor duvidoso, já que tinham a mesma probabilidade de atingir um ou outro tentando atingir o inimigo. Deixando também algum inimigo despreocupado e livre para a 6 de algum avião de sua equipe. Mais tarde na guerra, o trabalho em equipe tornou-se a chave principal para o sucesso e sobrevivência (***).

(*) e ainda há pilotos virtuais que tentam ser lone-wolf. Isso acabou em 1916 gente.
(**) até parece mulher pensando assim!
(***) já falei que estas regras eram de 1916?


Esta foi a "Dicta Boelcke", ainda utilizada atualmente.
Na próxima edição, a versão de Hartmann...

Curta Metragem: The German

sexta-feira, 18 de setembro de 2009



Sexta, sexta-feira é dia de filme aqui no blog do Jambock :)

Bem, nesta sexta, trago-os informação sobre o novo "curta" de combates aéreos filmado este ano. Segue a sinopse! (curta também uhauuah)



É um filme sobre um duelo, comparando dois indivíduos engajados um contra o outro, e as conseqüências disso. Os produtores tiveram à idéia de usar dois pilotos da Segunda Guerra Mundial, com apoio até o fim da história (que eu não vou dar de presente aqui!).

Algumas imagens do filme:













É eu sei, não é só o alemão "malvado" que se "phode" no filme não :)


Site: http://www.thegermanmovie.com

Download do Trailer

França invadiu a Alemanha em 1939 (2)

Em 9 de Setembro, duas divisões motorizadas, cinco batalhões de tanques e a artilharia tinham se amontoado em um pedaço do território ocupado Alemão. Apesar da opressiva potência de fogo, a maior parte das forças de Gamelin permaneceu dentro da vista do território Francês. Seus tanques, quando empregados todos, foram comprometidos em pequenas incursões, de companhias nos pontos fortes da fronteira Alemã ou casamatas desocupadas enquanto os VIPs da França assistiam de uma distância segura.



Em 1939 o exército Francês possuía alguns dos melhores tanques do mundo. Mecanicamente seguros e com bom armamento, os tanques tinham uma espessura de blindagem melhor que qualquer tanque Alemão, e as tripulações estavam bem treinadas. Se houve qualquer negligência na doutrina de tanques Francesa, ela foi relacionada a maneira que os blindados seriam empregados. Sem o treinamento em larga escala de manobras de tanques, a França tendeu a empregar seus blindados em pequenos, gradativos ataques sem coordenação de infantaria, artilharia e operações da força aérea.

Nos casos raros quando os tanques Franceses se arrastaram através da fronteira dentro do alcance das armas inimigas, as granadas anti-tanque Alemãs de 37 mm saltavam inofensivamente para longe dos tanques blindados de 33-toneladas Char B1 bis. Os tanques Franceses em sua vez atiraram de volta com os projéteis de 47 mm de alta velocidade montados na torre e os canhões de 75 mm dos cascos. As trocas de tiros isoladas, porém, usualmente terminavam em uma retirada. Os Alemães recolocariam seus canhões de pequeno calibre enquanto os tanques Franceses retiravam-se para uma linha de proteção de infantaria. Estas curtas trocas trouxeram luz a uma séria falha de projeto nos blindados Franceses. O Char B1 bis tinha as aberturas de seu radiador no lado, em um ponto onde um tiro de um anti-tanque de pequeno calibre poderia colocar o tanque fora de ação.

Tivesse a Inteligência Militar Francesa conhecimento de que não havia absolutamente nenhum Panzer de frente a eles, a situação poderia ter sido diferente. Não somente não havia nenhum blindado alemão localizado a oeste do Reno, como a Wehrmacht não possuía nenhuma arma anti-tanque capaz de derrotar os blindados invasores. A poderosa defesa Alemã demonstrou ser a blitzkrieg que os jornais cinematográficos mostravam que intimidou e enganou a Inteligência Francesa.



Contrário à propaganda Nazista que alegava ilimitado potencial militar, o exército Alemão carecia de equipamento de combate. As unidades estavam drasticamente com poucas metralhadoras, pistolas metralhadoras, artilharia e tanques. A vangloriada força Panzer numerava uns meros 200 tanques médios Mark IV... os mais modernos blindados no inventário Alemão... que estavam armados com as armas de baixa velocidade de 75 mm. O resto da força consistia dos apressadamente produzidos tanques leves Mark II com canhões de 20 mm e metralhadoras montadas na torre e até mesmo mais ligeiramente blindado que o Mark I, montado somente com duas metralhadoras. O melhor destes tanques leves, originalmente afastados dos exercícios de treinamento até que os tanques pesados se tornaram disponíveis, é que eram apropriados para o reconhecimento mecanizado. Por esse tempo as unidades blindadas poderiam correr rapidamente para a Frente Ocidental, e a França já poderia ter ocupado a Renânia.



A escassez Alemã de transporte motorizado resultou na obtenção de última hora pela Wehrmacht de veículos de todos modelos e descrições. A aquisição apresada do exército Alemão de um adicional de 16,000 veículos civis aumentou a sua carga de manutenção. Muitos desses veículos vieram das recentes aquisições da Áustria e Checoslováquia. O problema de aquisição de peças sobressalentes para caminhões cresceu para proporções de pesadelo, como lá havia 100 tipos diferentes de caminhões em serviço no exército, 52 tipos de automóveis e 150 tipos diferentes de motocicletas. Como resultado, muitas das tropas de reconhecimento da Wehrmacht viajavam em motocicletas com carrinhos laterais pintados em esquemas de pinturas civis brilhantes.

Aceitando um risco calculado, Hitler despojou as defesas do Ocidente em uma tentativa de garantir uma opressiva vitória no leste. O que permaneceu a oeste do Reno dificilmente seria suficiente para deter um determinado ataque inimigo. Enquanto as batalhas assolavam a Polônia, 43 diluídas divisões Alemãs estavam estendidas na fronteira Alemã Ocidental, da Dinamarca à Suíça. No Saar, o Primeiro Exército Alemão comandado pelo General Erwin von Witzleben contava com 13 divisões vazias sob seu comando.


Continua...

França invadiu a Alemanha em 1939

quarta-feira, 16 de setembro de 2009



Em Setembro de 1939 o Exército Francês ataca a Alemanha pelo oeste.

A II Guerra Mundial na Europa tinha uma semana quando o afiado exército Francês cruzou a fronteira da Alemanha. Em 7 de Setembro, 1939, o grande temor dos generais Alemães de uma guerra de duas frentes parecia ter sido realizado. Era inconcebível que os Alemães pudessem se opor efetivamente contra o poderoso exército Francês com a Wehrmacht completamente engajada na Polônia.


Enquanto os bombardeiros de mergulho Ju-87 Stuka Alemães despendiam-se em íngremes mergulhos sob os alvos Poloneses, o general Francês Maurice Gamelin dirigiu seu Terceiro, Quarto e Quinto exércitos iniciando a Operação Saar. Os exércitos Franceses marcharam para dentro de Cadenbronn e para as saliências da floresta Wendt, onde a fronteira Alemã furava inconfortavelmente a França. As unidades leves de reconhecimento cruzaram a margem em 7 de Setembro, seguida dois dias depois pelas forças de infantaria pesada e mecanizadas.

Curiosamente, não houve absolutamente nenhuma reação Alemã, e os soldados Franceses ultrapassaram a pé as desguarnecidas posições inimigas. A muito vangloriada Linha Siegfried parecia abandonada. Apesar de seu início agressivo, a sondagem Francesa no Saar desenvolveu-se em um vagaroso passeio no qual os soldados e oficiais Alemães foram capazes de reunir seus pertences e partir com o avanço das legiões de Gamelin. Em outras áreas de qualquer lado da margem da incursão Francesa, os oficiais da alfândega Alemães e Franceses conversavam sob suas barras de madeira das barricadas de estrada com se nada estivesse acontecendo. Apesar da declaração de guerra, as cidades fronteiriças na França continuaram recebendo um ininterrupto suprimento de eletricidade das estações de energia Alemãs. A nova guerra Européia, parecia, ser um lamento distante da horrível matança da I Guerra Mundial, 25 anos antes.

Ao longo das aldeias Alemãs, os poilus acharam curioso os anúncios orientando com mensagens impressas como : [b]"Soldados Franceses, nós não temos nenhuma disputa com vocês. Nós não atiraremos a não ser que vocês comecem."[/b] Ao invés de lançar projéteis de artilharia, os Alemães estacionaram furgões com alto-falantes lançando mensagens de propaganda em direção às linhas Francesas ou erguendo outdoors orientando com mensagens de paz e benevolência.


Porém, os soldados Franceses também receberam saudações letais. Durante sua retirada vagarosa, os Alemães saturaram a fronteira com explosivos. Campos foram minados, portas estavam com armadilhas de bombas e alguns dos sinais do Nacional Socialismo (Nazistas) nas paredes abrigaram explosivos escondidos. A mera insinuação de um obstáculo explosivo era o suficiente para deter o avanço de lesma Francês por dias. Em um caso o General Gamelin pessoalmente ordenou os soldados limpar um caminho através de um campo minado suspeito conduzindo uma manada de porcos através dele. A rápida sucessão de detonações e a carnificina resultante não inspirou os soldados à avançar profundamente no Reich.


Continua...

A Shot Across the Bow

sábado, 12 de setembro de 2009

B-26 Marauder Torpedo Attack em Midway



4 de junho de 1942, 07:10,
150 quilômetros á noroeste do atol de Midway . . .


Momentos após lançar um torpedo no porta-aviões Akagi, o B-26 Marauder "Suzy-Q" passou rente ao convés de vôo, quase arrastanto sua carlinga no deck.
O 1° Tenente James P. Muri, do 22º Bomb Group da Força Aérea do Exército, pilotou eficazmente sobre todo o navio, na tentativa de escapar do fogo anti-aéreo, desencadeado pela frota inimiga e caças japoneses Zero.

O Dramático ataque de torpedo dos B-26 Marauders do Exército, dos Grupos de Bombardeio 22 e 38, em conjunto com os TBF Avengers do 8° Esquadrão de Torpedo da Marinha, fez com que o Almirante Nagumo fosse forçado a alterar seu plano de batalha, uma decisão que preparou o terreno para a incrível vitória americana na batalha de Midway.

Piloto: Tenente-Coronel James P. MURI


E você? Teria coragem?

O Massacre de Katyn

sexta-feira, 11 de setembro de 2009



Em 1º de setembro de 1939, a Alemanha invadiu a Polônia, dando início à Segunda Guerra Mundial. Dezessete dias depois, vindo do leste, o exército russo também invadiu o país, dividindo-o ao meio com os nazistas. O drama dos poloneses, oprimidos entre dois invasores, um de cada lado da ponte, é exibido logo na cena de abertura de “Katyn”, o mais recente e talvez mais impressionante filme de Andrzej Wajda (”Danton, o Processso da Revolução”, “O Homem de Ferro”).



As conseqüências da ocupação nazista são bem conhecidas, sobretudo o extermínio de milhões de judeus em campos de concentração. Já as marcas da ocupação soviética são menos notórias. O seu ato mais bárbaro ocorreu em meados de 1940, quando 15 mil oficiais do Exército polonês foram assassinados a céu aberto com tiros na cabeça e enterrados em valas comuns em Katyn, no interior da União Soviética.

Além dos dramas resultantes de um massacre que exterminou parte da elite polonesa (havia engenheiros, advogados, médicos etc entre os reservistas assassinados), o país conviveu por décadas com a proibição de falar desta atrocidade, já que a Polônia se tornou aliada da União Soviética a partir de 1945 – e o que ocorreu em Katyn virou um tabu.



Wajda sonhou por anos em levar a história deste massacre às telas, mas só conseguiu fazer isso em 2007. O pai do cineasta estava entre os mortos em Katyn, ele conta. Aos 81 anos, o mais famoso cineasta polonês fez um filme que é um acerto de contas pessoal, mas também de todo um povo com a sua história e a de seus inimigos. Cerca de 2 milhões de poloneses, em uma população de 38 milhões, assistiram a “Katyn” no ano passado. Candidato ao Oscar de filme estrangeiro em 2008, perdeu a estatueta para o tcheco “Os Falsários”, de Stefan Ruzowitzky.



Para um brasileiro, pode haver algumas dificuldades em acompanhar detalhes da história, mas o essencial não se perde. “Katyn” trata de uma atrocidade sem tamanho, daquelas que nos deixam perplexos e sem esperança. A propósito, os últimos 15 minutos do filme, ao longo dos quais Wajda recria de forma realista o massacre, são muito difíceis de assistir. Esteja preparado, caso deseje encarar.

Site do filme: http://www.katyn.netino.pl/en/