A ameaça de uma agressiva ofensiva Francesa atormentava o comandante do Primeiro Exército diariamente. Witzleben, que tinha de fato se retirado do serviço alguns anos antes, quase não servia para um comando de campo. O general constantemente encontrava em si mesmo uma tarefa não inspirada, e a guarnição do Saar não era uma exceção. A defesa de Witzleben foi dificultada por uma carência de armas anti-tanques e artilharia e a realidade é que suas divisões de infantaria eram de baixa qualidade e equipadas com metralhadoras da I Guerra mundial. Os adversários de Witzleben eram 10 divisões Francesas completamente equipadas ancoradas nas formidáveis defesas da linha Maginot.
Criada por André Maginot, um veterano de guerra e ministro Francês da guerra até sua morte em 1932, a linha Maginot foi a mais elaborada e cara seqüência de fortificações já construídas. Os Franceses tinham estudado a viabilidade de uma barreira defensiva permanente enfrentando a Alemanha depois do fim da I Guerra Mundial, usando as fortalezas de Verdun como modelos. O primeiro pagamento do projeto de $500 milhões foi aprovado pelo parlamento em 1929, e os trabalhos começaram em 1930.
A construção da linha fortificada não foi somente um resultado da intranqüilidade que no pós I Guerra Mundial os Franceses sentiam de seus vizinhos orientais. Em 1928, a Alemanha e seus impotentes 100,000 homens do exército do tempo de paz, o Reichswehr, posava de pequena ameaça para a França; nem poderiam os Alemães forçar os exércitos Franceses, Britânicos e americanos para fora da ocupada Renânia. Os assuntos domésticos Franceses também incitaram a militarização da região. Em 1928, as províncias Francesas da Alascia-Lorena... que tinham sido perdidas para a Alemanha no tratado de paz que encerrou em 1870 a Guerra Franco-Prussiana e tinha sido recuperada pela França através do Tratado de Versalhes, que encerrou a I Guerra Mundial... agora solicitavam se tornar regiões autônomas. A opinião destas províncias ricas em recursos... tão recentemente ganhas à um custo inacreditável... deixando a França novamente era intolerável. Maginot dirigiu a construção da linha como uma lembrança permanente às áreas submissas. Entretanto, a maioria propôs que a linha ocupasse uma região da França habitada por aproximadamente um milhão de Alascianos de língua Alemã.
A linha Maginot complementou as fortificações existentes defronte a Alemanha e foi particularmente mais forte no corredor de Saarbrücken-Metz, a rota mais direta para Paris. Na Alascia-Lorena a linha Maginot levou 10 anos para ser construída a um custo de $323 milhões. As principais fortificações foram completadas em 1935, e 300,000 soldados a guarneciam.
Como a maioria das contingências defensivas, a mentalidade de Maginot se enfocou numa barreira concreta como uma manta de segurança. Muito da potência de fogo, porém, foi negada já que as operações na Alemanha colocaram os alvos fora do alcance efetivo da artilharia pesada. Para ser de algum uso, as armas da Maginot teriam de ser avançadas.
Com as experiências da I Guerra Mundial como a sangrenta defesa de Verdun frescas em suas mentes, a França estava relutante em desocupar as fortificações em favor dos apressados ataques contra a Linha Siegfried Alemã.
A construção da Muralha Ocidental, ou Linha Siegfried como era popularmente chamada pelos Aliados, começou em 1936 seguindo na incontestável ocupação militar Alemã da Renânia. Fortes e casamatas estendiam-se da fronteira Suíça aos Países Baixos. As fortificações mais pesadas foram construídas ao redor de Saarbrücken, onde alguns postos avançados da Francesa Maginot assentavam somente a 100 metros da fronteira Alemã. Como centro de defesa, a cidade industrial de Saarbrücken era militarmente significante porque era uma porta para a Brecha de Kaiserslautern, um rota de invasão tradicional.
Continua...
França invadiu a Alemanha em 1939 (3)
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
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