Em 9 de Setembro, duas divisões motorizadas, cinco batalhões de tanques e a artilharia tinham se amontoado em um pedaço do território ocupado Alemão. Apesar da opressiva potência de fogo, a maior parte das forças de Gamelin permaneceu dentro da vista do território Francês. Seus tanques, quando empregados todos, foram comprometidos em pequenas incursões, de companhias nos pontos fortes da fronteira Alemã ou casamatas desocupadas enquanto os VIPs da França assistiam de uma distância segura.
Em 1939 o exército Francês possuía alguns dos melhores tanques do mundo. Mecanicamente seguros e com bom armamento, os tanques tinham uma espessura de blindagem melhor que qualquer tanque Alemão, e as tripulações estavam bem treinadas. Se houve qualquer negligência na doutrina de tanques Francesa, ela foi relacionada a maneira que os blindados seriam empregados. Sem o treinamento em larga escala de manobras de tanques, a França tendeu a empregar seus blindados em pequenos, gradativos ataques sem coordenação de infantaria, artilharia e operações da força aérea.
Nos casos raros quando os tanques Franceses se arrastaram através da fronteira dentro do alcance das armas inimigas, as granadas anti-tanque Alemãs de 37 mm saltavam inofensivamente para longe dos tanques blindados de 33-toneladas Char B1 bis. Os tanques Franceses em sua vez atiraram de volta com os projéteis de 47 mm de alta velocidade montados na torre e os canhões de 75 mm dos cascos. As trocas de tiros isoladas, porém, usualmente terminavam em uma retirada. Os Alemães recolocariam seus canhões de pequeno calibre enquanto os tanques Franceses retiravam-se para uma linha de proteção de infantaria. Estas curtas trocas trouxeram luz a uma séria falha de projeto nos blindados Franceses. O Char B1 bis tinha as aberturas de seu radiador no lado, em um ponto onde um tiro de um anti-tanque de pequeno calibre poderia colocar o tanque fora de ação.
Tivesse a Inteligência Militar Francesa conhecimento de que não havia absolutamente nenhum Panzer de frente a eles, a situação poderia ter sido diferente. Não somente não havia nenhum blindado alemão localizado a oeste do Reno, como a Wehrmacht não possuía nenhuma arma anti-tanque capaz de derrotar os blindados invasores. A poderosa defesa Alemã demonstrou ser a blitzkrieg que os jornais cinematográficos mostravam que intimidou e enganou a Inteligência Francesa.
Contrário à propaganda Nazista que alegava ilimitado potencial militar, o exército Alemão carecia de equipamento de combate. As unidades estavam drasticamente com poucas metralhadoras, pistolas metralhadoras, artilharia e tanques. A vangloriada força Panzer numerava uns meros 200 tanques médios Mark IV... os mais modernos blindados no inventário Alemão... que estavam armados com as armas de baixa velocidade de 75 mm. O resto da força consistia dos apressadamente produzidos tanques leves Mark II com canhões de 20 mm e metralhadoras montadas na torre e até mesmo mais ligeiramente blindado que o Mark I, montado somente com duas metralhadoras. O melhor destes tanques leves, originalmente afastados dos exercícios de treinamento até que os tanques pesados se tornaram disponíveis, é que eram apropriados para o reconhecimento mecanizado. Por esse tempo as unidades blindadas poderiam correr rapidamente para a Frente Ocidental, e a França já poderia ter ocupado a Renânia.
A escassez Alemã de transporte motorizado resultou na obtenção de última hora pela Wehrmacht de veículos de todos modelos e descrições. A aquisição apresada do exército Alemão de um adicional de 16,000 veículos civis aumentou a sua carga de manutenção. Muitos desses veículos vieram das recentes aquisições da Áustria e Checoslováquia. O problema de aquisição de peças sobressalentes para caminhões cresceu para proporções de pesadelo, como lá havia 100 tipos diferentes de caminhões em serviço no exército, 52 tipos de automóveis e 150 tipos diferentes de motocicletas. Como resultado, muitas das tropas de reconhecimento da Wehrmacht viajavam em motocicletas com carrinhos laterais pintados em esquemas de pinturas civis brilhantes.
Aceitando um risco calculado, Hitler despojou as defesas do Ocidente em uma tentativa de garantir uma opressiva vitória no leste. O que permaneceu a oeste do Reno dificilmente seria suficiente para deter um determinado ataque inimigo. Enquanto as batalhas assolavam a Polônia, 43 diluídas divisões Alemãs estavam estendidas na fronteira Alemã Ocidental, da Dinamarca à Suíça. No Saar, o Primeiro Exército Alemão comandado pelo General Erwin von Witzleben contava com 13 divisões vazias sob seu comando.
Continua...
França invadiu a Alemanha em 1939 (2)
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
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