Decima Flottiglia Mas

sexta-feira, 2 de outubro de 2009


"Todo mundo fica nervoso, vendo objetos navegando á noite, e ouvindo movimentos no fundo dos navios. Isso deve parar!" - almirante Sir Andrew Cunningham, Comandante Chefe da Frota do Mediterrâneo da Grã-Bretanha.

Desde o seu primeiro triunfo em março de 1941, os britânicos ficaram nervosos com a possibilidade de um ataque surpresa em potencial, eficaz e devastador dos militares italianos da Segunda Guerra Mundial, da Unidade Especial de Assalto da Marinha.

O duque de Spoleto, que era um entusiasta de barcos á motor, ajudou na criação do sonho de uma unidade de ataque naval para a marinha italiana. Estas unidades utilizavam barcos á motor explosivos, torpedeiros, submarinos em miniatura e o infame "Torpedos Humanos" (AKA: SLC ou Maiale). Até o final da guerra, estas unidades iriam afundar, ou severamente danificar, 86.000 toneladas em navios aliados e 131.527 toneladas em navios mercantes.

Em outubro de 1935, dois sublieutenants propuseram uma arma nova e radical, que acabaria por se tornar conhecida como o "Torpedo Humano". A Marinha italiana estava tão animada e ciente do potencial dessa nova arma que lhes ordenaram um teste em La Spezia 3 meses mais tarde.

A idéia de um torpedo tripulado foi feita de acordo com ações anteriores que ocorreram tanto na Guerra Revolucionária quanto na Primeira Guerra Mundial. Mas foi a 10º Flotilha Italiana, formada em 1940, que tornaria-se preito ao uso desta nova arma mortal.

A 10° Flotilha foi responsável por 28 navios afundados ou danificados durante a Segunda Guerra Mundial. Estes incluem os navios encouraçados HMS Queen Elizabeth, HMS Valiant, cruzador HMS York e 111, 527 toneladas de navios mercantes.


Os Homens-rã italianos não foram apenas mortais, mas também muito engenhosos em seus métodos de ataque. Conhecido como o "Cavalo de Tróia flutuante de Gibraltar", os frogmens italianos utilizaram de um método excêntrico para destruir navios inimigos.

Gibraltar era muito tentadora para os italianos; abrigo seguro de navios de guerra britânicos e aliados e da marinha mercante. Os mergulhadores italianos usaram originalmente uma vila espanhola que localizada á 2 milhas de Gibraltar. Foi comandada por um oficial italiano casado com uma espanhola chamada Conchita Ramognino.

Esta vila possibilitava que os homens-rã seguissem para o porto e atacassem inocentes navios de guerra britânicos. Mas isso tornou-se muito difícil e caro. O porto foi muito bem protegido por redes, barcos de patrulha e luzes de busca. Devido a esta dificuldade, os italianos decidiram usar um navio mercante italiano ancorado á baía de Gibraltar. Foi o Olterra 4.995 ton.



Os homens-rã italianos secretamente se passavam por tripulação com mergulhadores e técnicos e construiu uma oficina no navio para construção e suporte aos torpedos humanos. Fora então criada uma porta cortada á 6 metros abaixo da superfície para permitir que esses 2-homems torpedos humanos ir e vir sem serem detectados.


A substituição de torpedos usados, eram provenientes da Itália, disfarçados de tubos de caldeira. Quando os mergulhadores italianos começaram seus ataques a navios de guerra britânicos da localidade, revelou-se quão caro tornava tal ação. Cinco dos seis homens-rãs nunca mais voltaram. Mas, quando os italianos decidiram atacar a marinha mercante, que era menos protegida, eles foram recompensados com uma presa fácil. Os Homens-rã italianos afundaram ou danificaram um total de 42.000 toneladas de navios aliados.

Os ingleses nunca conseguiram descobrir de onde vieram esses homens-rãs, nem para onde eles foram.

As façanhas dos homens-rãs italianos trouxeram muita inveja e respeito por parte dos britânicos. Quando os britânicos decidiram criar as suas próprias unidades de assalto naval, os novatos colocavam fotos da 10º Flotilha em suas paredes para a inspiração.

E você? Teria Coragem?

Fontes: Comando Supremo
The Mediterranean, World War Two - Time Life Books-A.B.C. Whipple; Alexandria, VA.

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